Parte II - O que há de errado em Salvador ?
Estamos julho de 2024 e algumas coisas se mantiveram do mesmo jeito ou pioraram.
Em Dezembro de 2023, resolvi escrever o primeiro texto falando sobre os desafios de desenvolvimento socioeconômico da capital baiana.
O que há de errado em Salvador?
O verão está chegando e resolvi fazer uma panorama geral dos desafios de Salvador, Bahia. Talvez com isso em mente, consigamos pensar em soluções coletivas, recorrentes e com alto impacto positivo. DE…
Estamos agosto de 2024 e algumas coisas se mantiveram do mesmo jeito ou pioraram.
Apesar da cidade ser escolhida como destino turístico e cultural preferido por muita gente, segundo o estudo global sobre criminalidade, o Brasil continua sendo o segundo país com o maior número de cidades consideradas perigosas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem 12 cidades na lista. E entre as cidades brasileiras, Salvador está entre as 10 capitais mais perigosas do mundo.
Um estudo comparativo de desigualdades, que avalia e compara indicadores sociais entre as 26 capitais brasileiras, confirmou que Salvador é a cidade com os piores índices de pobreza, desnutrição e desemprego no país. Além disso, a capital baiana apresenta altos níveis de violência, baixos índices de escolaridade e acesso limitado a serviços de saúde. O estudo foi realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) que compara 40 indicadores sociais e de atuação do poder público municipal (educação, saúde, renda, habitação, saneamento, etc.) nas 26 capitais brasileiras – Brasília não participou do levantamento.
16,7% da população ainda está desempregada;
11% da população que se encontra abaixo da linha da pobreza
4% de crianças menores de 5 anos que se encontram em situação de desnutrição;
Sobre saúde, Salvador é a melhor cidade brasileira para fazer negócios na área da saúde, de acordo com ranking elaborado pela consultoria Urban Systems, porque os serviços públicos de saúde são ruins.
Quando olhamos para o estado da Bahia, é aqui que temos o maior número de analfabetos do país, de acordo com o IBGE (2024). Estamos falando de 1,4 milhão de pessoas no estado que são analfabetas, o que representa o maior número no Brasil. Esse contingente corresponde a 12,6% da população baiana, fazendo com que o estado tenha a 9ª maior taxa de analfabetismo do país.
Além disso, a Bahia está entre os 10 piores estados em progrssos social do Brasil, de acordo com o Índice de Progresso Social (IPS), ferramenta criada em Harvard.
Os piores desempenhos da Bahia foram em acesso à educação superior (33,99), direitos individuais (35,67) e segurança pessoal (42,2). A nota máxima para cada um deles é 100. Os três indicadores puxaram a média da Bahia para baixo, que ficou em 57,85 - inferior à nota geral do Brasil (61,83). O estado ocupa a 19º posição no ranking de estados.
Trouxe esses pontos porque não podemos ter uma cidade sazonal e muito menos uma economia dependente exclusivamente do turismo no verão. Precisamos de um desenvolvimento sustentável e inclusivo que aborde essas questões de forma integrada.
Ao abordar esses desafios com políticas públicas integradas e focadas no desenvolvimento sustentável, podemos transformar Salvador em uma cidade mais justa, segura e próspera para todos os soteropolitanos e para quem escolheu viver na capital baiana.
Estamos em período eleitoral e vamos acompanhar as propostas dos candidatos e candidatas.
Salvador, a capital da inovação e da ESG.
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Eu nasci em Salvador, mais precisamente no Nordeste de Amaralina. O Nordeste de Amaralina é terra de Marivaldo dos Santos, faz parte do grupo percussivo mais importantes do mundo, o STOMP e fundou o …
Uma coisa que realmente não entendo na dinâmica de Salvador, morei na Bahia entre 2011 a 2018 e nesse período eu achava Salvador por ser destino turistico e capital atrasada em relação a infraestrutura. Com a chegada da Copa do Mundo no Brasil houve um investimento na capital que se modernizou na questão de transporte público, porém esse avanço não veio na mesma proporção no social. Na capital tive o desprazer de ser assaltado 3 vezes o que é algo "normal" quando se vive o cotidiano da cidade e as vezes que busquei auxílio médico também não foi uns dos melhores. Mesmo assim eu tempo um grande Amor pela Bahia que me faz querer voltar sempre. No final de 2023 visitei novamente a capital e tive uma grande supresa de uma melhora consideravel na infraestrutura. Contudo eu acho o que o maior problema historico da capital são interesses políticos que só favorecem uma pequena parte da população e uma mudança no paradigma de cidade de festas para turistas para cidade para Soteropolitanos com investimentos pesados em prestação de serviços.