A forma como você se veste, se posiciona (ou se cala), os conteúdos que compartilha, o jeito como responde e até a ausência digital, tudo isso já é percebido por alguém. Você já está sendo lida, observada, interpretada. E isso acontece o tempo inteiro, com ou sem sua intenção. A falsa ideia de que só quem “cria conteúdo” tem uma marca pessoal é uma armadilha. Porque no mundo conectado, todo profissional já transmite mensagens, inclusive no silêncio.
Não escolher conscientemente sua marca pessoal não significa que ela não exista. Significa apenas que você está deixando que ela seja construída por suposições, ruídos e impressões alheias. E nesse cenário, quem não cuida da própria narrativa acaba vivendo a história que o mercado inventa.
Você está sendo lembrada pelo que entrega ou pelo que deixa vago?
Repare como algumas pessoas sempre vêm à mente quando pensamos em certos temas. São associadas a ideias, causas, especialidades, comportamentos. Isso não é acaso. É consistência. Elas entenderam que, para serem levadas a sério, precisavam se mostrar com intenção, não de forma performática, mas coerente. Porque autoridade não é só o que você sabe. É o que as pessoas reconhecem em você.
O problema é que, enquanto algumas pessoas cultivam sua marca pessoal com clareza, outras seguem esperando serem descobertas. Executam bem, entregam com qualidade, mas permanecem invisíveis. Porque não estruturaram o que transmitem. Não criaram pontes entre sua entrega e sua percepção pública. Resultado? São esquecidas, trocadas, subestimadas.
E isso não vale apenas para quem trabalha com o digital. Vale para líderes, consultores, gestores, freelancers, empreendedoras solo. Hoje, quem não comunica com clareza é engolido pela mediocridade bem embalada. O mercado escuta o que é dito com confiança e silencia quem vive em modo rascunho.
Marca pessoal não é sobre ego. É sobre responsabilidade.
Você pode não querer “se vender”, mas precisa entender que todos os dias você já está sendo avaliada por quem te segue, por quem te contrata, por quem te recomenda. Sua reputação está em construção contínua. E se você não cuida dela, alguém cuida por você.
Ter uma marca pessoal não significa virar personagem. Significa escolher o que vai reforçar, o que vai simplificar e o que vai deixar de lado. É alinhar o que você sabe, o que você entrega e o que você quer representar. Sem exagero. Sem moldes prontos. Mas com consciência.
Porque no mundo onde tudo comunica, quem não decide o que quer representar, acaba representando o que não decide.
O seu posicionamento já existe. A diferença é se ele é intencional ou não.
Você não precisa criar uma marca do zero. Você só precisa entender que ela já está em construção. E quanto mais você se omitir dessa conversa, mais o mercado vai te ler com base em suposições e não em estratégia.
Se você quer ser reconhecida por quem é, pelo que faz e pelo que acredita, precisa assumir o protagonismo da sua narrativa. Sua marca pessoal já existe. Agora é hora de assumir o controle dela.
Quero sair do rascunho!
Lembrei do TEDx da Mônica Martelli, ler esse texto me deu vontade de ver ele de novo. Tanto a newsletter quanto o TEDx abordam o preço a ser pago por esperar ser valorizado.
Um me ajudou a entender melhor o outro. Caso alguém queira conferir também, só procurar no youtube "Suba no seu caixote e mostre quem você é | Mônica Martelli".