Em um mundo cada vez mais orientado para a informação, o conhecimento é um ativo valioso. Quando falamos da economia criativa, por exemplo, estamos falando de negócios que são desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual das pessoas.
Eu poderia mentir aqui dizendo que é super fácil você ganhar dinheiro com seus conhecimentos só para vender a Inventivos, uma plataforma completa para transformar o que você sabe em produto ou serviço. Mas por ter a Inventivos e estar em contato direto com centenas de empreendedores pelo Brasil que estão diariamente tentando fazer dinheiro com seus respectivos negócios, sei que é importante reconhecermos que nem todo conhecimento pode ser facilmente monetizado.
Quantas pessoas você conhece que são extremamente inteligentes? Pessoas que tem uma bagagem de conhecimento invejável? Doutoras, mestres? Provavelmente você também conhece as pessoas que se deparam com a frustração de ter habilidades ou informações valiosas, mas não conseguem transformá-las em renda.
Tenho algumas hipóteses sobre essa realidade e como podemos navegar nesse cenário complexo, ao mesmo tempo em que valorizamos o crescimento pessoal e profissional.
1. Limitações sobre o campo de atuação
As pessoas ficam presas em suas formações tradicionais e não conseguem enxergar outras possibilidades de atuação.
Imagine uma pessoa que passou 4 anos no Bacharelado em Ciências Sociais/ Antropologia. Existe uma grande chance dessa pessoa acreditar que seguir o carreira acadêmica é a única possibilidade.
Mas enquanto escrevo esse texto, veio em mente mais de 10 possibilidades de atuação que uma Bacharel em Antropologia poderia realizar.
Consultoria em Diversidade e Inclusão: Prestar serviços de consultoria para empresas que desejam promover a diversidade e inclusão em seus ambientes de trabalho, oferecendo insights sobre culturas, identidades e dinâmicas sociais para criar ambientes mais acolhedores e equitativos.
Pesquisa de Mercado Cultural: Realizar pesquisas de mercado especializadas, fornecendo análises sobre preferências do consumidor com base em fatores culturais e sociais. Isso ajuda as empresas a adaptar suas estratégias de marketing.
Treinamento em Sensibilidade Cultural: Oferecer programas de treinamento para empresas que atuam internacionalmente, ajudando a equipe a entender e respeitar as nuances culturais dos mercados em que operam.
Consultoria em Políticas Públicas: Colaborar com organizações governamentais ou sem fins lucrativos para desenvolver e avaliar políticas públicas, considerando questões sociais e culturais.
Pesquisa Social e Antropológica: Realizar pesquisas acadêmicas ou aplicadas, tanto para organizações quanto para publicações acadêmicas, ajudando a entender e abordar questões sociais complexas.
Assessoria em Comunicação Intercultural: Ajudar empresas a se comunicarem eficazmente com públicos de diferentes origens culturais, minimizando mal-entendidos e maximizando o impacto de suas mensagens.
Gestão de Projetos Sociais: Trabalhar com organizações sem fins lucrativos para planejar, implementar e avaliar programas sociais que abordam questões como educação, saúde, direitos humanos, entre outros.
Design de Experiência do Cliente: Colaborar com empresas para criar experiências de cliente mais personalizadas e culturalmente sensíveis, aumentando a satisfação do cliente e a fidelização.
Pesquisa de Campo e Etnografia: Realizar pesquisas de campo e estudos etnográficos para compreender comunidades, grupos étnicos ou culturas específicas, auxiliando organizações a adaptar suas estratégias de negócios.
Desenvolvimento de Conteúdo Culturalmente Relevante: Criar conteúdo culturalmente relevante, como artigos, vídeos ou materiais educacionais, para empresas que buscam alcançar diferentes públicos.
Mediação e Resolução de Conflitos: Oferecer serviços de mediação para resolver conflitos em comunidades ou organizações, usando habilidades de comunicação e compreensão cultural.
Turismo Cultural: Desenvolver roteiros turísticos e experiências culturais autênticas para viajantes interessados em explorar diferentes culturas.
Ou seja, existem diversas caminhos a seguir. Mas acreditar que só se pode ser uma única coisa, torna muito mais difícil um conhecimento valioso ser monetizável.
2. Timing e Demanda de Mercado
Sempre digo aos empreendedores que fazem parte da Inventivos, que é importante saber o que você realmente gosta de fazer e o que você realmente sabe fazer. Depois disso, é imprescindível saber o que o mercado está precisando, a partir do que você sabe e o que você gosta.
Quando você consegue deixar nítido esse tripé, aí sim você conhece desenhar formas de monetizar seu conhecimento.
Às vezes, um conhecimento pode ser altamente valioso, mas apenas em um momento específico ou em um nicho de mercado particular. Se a demanda não existir no momento certo, pode ser difícil monetizar esse conhecimento. É essencial estar atento às tendências e às mudanças no mercado para capitalizar as oportunidades quando surgirem.
3. Investimento de tempo e recursos:
Transformar conhecimento em um negócio lucrativo muitas vezes requer um investimento significativo de tempo e recursos. Isso pode incluir a criação de um produto ou serviço, marketing, desenvolvimento de redes e muito mais.
Na maioria das vezes, as pessoas desistem antes de colher os benefícios financeiros do seu conhecimento, simplesmente porque subestimaram o investimento necessário.
Sei que nem todo mundo tem como investir financeiramente em algo. Eu mesma não tinha. Eu tinha apenas 30 minutos por dia. Isso porque eu trabalhava pela manhã e pela tarde, ia para universidade a noite. Voltava pra casa exausta, mas deixava reservado 30 minutos para olhar para meu futuro negócio.
Ali entendi uma coisa. Existe uma grande diferença entre o que precisa ser feito e o que é legal fazer. O que me distraia sempre eram situações e contextos que eram legais de estar e de fazer. Mas o que era necessário era sentar minha bunda todo dia por 30 minutos e entender quais os próximos passos e colocar mão na massa.
Era super cansativo, mas só eu poderia fazer isso. Mais ninguém.
Como diz Emicida: “Você é o único representante do seu sonho aqui na Terra".
4. Monetização indireta:
Nem todo conhecimento precisa ser diretamente monetizado para ser valioso. O que quero dizer é que o conhecimento pode ser usado como uma alavanca para outras oportunidades.
Por exemplo, alguém que é um especialista em uma área específica pode não ganhar dinheiro diretamente com seu conhecimento, mas pode usá-lo para construir uma reputação e criar oportunidades de consultoria, palestras ou colaborações.
É o caso de muitos criadores de conteúdos que não ficaram esperando por publicidade para começar a ganhar dinheiro.
Em outra newsletter eu posso compartilhar formas de monetização de criadores de conteúdo.
5. Saber comunicar o que sabe
Você pode ser a pessoa com mais conhecimento na sala, mas se ninguém souber sobre suas habilidade, você não conseguirá clientes, avançar no emprego e assim por diante.
A habilidade de se comunicar é uma característica que vai acrescentar positivamente nas suas entregas como profissional. Mas não confunda boa comunicação com a obrigação de fazer da sua vida um reality exibido nas redes sociais.
Não, você não tem a obrigação de fazer um reels no Instagram para provar que é uma profissional ou um profissional que merece credibilidade. Seja lá o que você faça bem, para que outras pessoas saibam que podem contar com você, que podem lhe convidar para construir projetos e soluções, você precisa comunicar o que faz.
Nesse caso, calada faz, mas completamente sem falar, é difícil que quem precisa de você saiba que pode contar contigo. Seja com a produção de conteúdo, com networking, portfólio, com a presença em eventos, por participar ativamente de comunidades com profissionais da sua área, com rede de apoio: é importante que você encontre caminhos para comunicar.
Comunicar não é apenas abrir um perfil no Instagram ou começar uma newsletter no LinkedIn. Significa permitir que o seu trabalho chegue ao conhecimento de quem é importante chegar — e para saber para quem é importante chegar, você precisa saber onde você pretende chegar. Não é apenas sobre acumular conhecimentos, é também sobre comunicação e construção de marca pessoal.
6. Crescimento pessoal e satisfação
É importante lembrar que o valor do conhecimento não se limita ao aspecto financeiro. O aprendizado e o desenvolvimento pessoal que ocorrem ao adquirir conhecimento são recompensas por si só. Além disso, o conhecimento pode ser usado para melhorar as relações interpessoais, a saúde e a qualidade de vida de maneiras que não são facilmente mensuráveis em termos financeiros.
Embora nem todo conhecimento seja facilmente monetizável, é fundamental reconhecer seu valor intrínseco e explorar maneiras criativas de usá-lo para impulsionar o crescimento pessoal e profissional.
Eu sei, por experiência própria, que a jornada para transformar conhecimento em renda pode ser desafiadora, mas a busca do aprendizado contínuo e do desenvolvimento de habilidades nunca é em vão. O conhecimento é um recurso precioso que pode abrir portas inesperadas e enriquecer nossas vidas de muitas maneiras, independentemente de seu potencial financeiro imediato. Então, nunca subestime o valor do que você sabe e do que está disposto a aprender.
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Se você, assim como eu, não gosta de perder tempo e dinheiro com uma ideia, a Inventivos é pra você.
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Se você, assim como eu, quer estar onde seus clientes estão, a Inventivos é pra você.
Se você, assim como eu, busca como aumentar o faturamento e lucro da sua empresa, a Inventivos é pra você.
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Excelente conteúdo Monique, obrigada! "é importante saber o que você realmente gosta de fazer e o que você realmente sabe fazer. Depois disso, é imprescindível saber o que o mercado está precisando, a partir do que você sabe e o que você gosta." Esse trecho seu em particular é exatamente o que vem tirando meu sono nos últimos dias. Sinto que estou numa fase de bloqueio criativo e completamente sem ânimo para recomeçar (depois de 10 anos de CLT estou começando agora a vida empreendedora), mas também sei que essa fase irá passar e não posso ficar a toa até que ela passe. Enfim, vamos que vamos na força de sei lá o quê.
Muito boa a edição. Eu tenho dificuldade nessa área.