Investir em empresas que geram impacto agora faz parte da pauta do governo brasileiro
Mas o que você deveria considerar sobre isso?
Recentemente, o Governo Federal do Brasil lançou a Estratégia Nacional de Economia de Impacto, um plano que visa direcionar recursos e promover iniciativas voltadas para o desenvolvimento econômico e social do país. Ou seja: órgãos e poderes do país estão entendendo que práticas de ESG não deveriam apenas ser uma opção das empresas e que elas precisam ser estimuladas e incentivadas também. Assim, é possível garantir crescimento financeiro para os negócios, ao mesmo tempo que gera impacto positivo em questões ambientais, sociais e de governança.
Não é mais possível ignorar os cenários de desigualdade social, degradação ambiental e da falta de oportunidades que persistem há décadas (se é que um dia foi), de modo que, a forma de construir e consolidar negócios precisa ter em vista obrigações ou fomentos que estimulem CEOs, fundadores e fundadoras a buscar respostas para problemas que são coletivos. Não à toa, toda empresa tem a obrigação de documentar em seus registros a sua função social — ao mesmo tempo que é possível observar o quanto essa função se resume apenas ao registro sem prática, em diversos casos.
Políticas de economia de impacto são uma das esperanças de que empresas e organizações repensem seus papéis na busca por soluções que tragam benefícios tangíveis para grupos invisibilizados e meio ambiente. Além disso, essa estratégia tem o potencial de impulsionar o cenário de inovação brasileiro. Falo de inovação de verdade. Inovação que considero que é 'fazer funcionar'.
Um dos pontos principais da iniciativa é a noção de que o sucesso econômico não deve ser medido apenas pelos lucros, mas também pelo impacto positivo gerado.
Entretanto, a efetividade da Estratégia Nacional de Economia de Impacto depende não apenas de um plano bem construído, mas sim da sua execução eficaz. Criar um ambiente propício para a sustentabilidade de negócios com objetivo de impacto, facilitando o acesso a financiamento, fornecendo capacitação e fomentando parcerias entre o setor público, privado e organizações da sociedade civil são pilares necessários pra continuidade e resposta dessa ação.
Além disso, garantir transparência e monitoramento para avaliar o real impacto das iniciativas é algo que esperamos. Ou seja: assegurar que os recursos sejam direcionados de forma eficiente, promovendo o crescimento sustentável e a redução das desigualdades.
Outro aspecto a ser considerado é a necessidade de educação e conscientização sobre a economia de impacto. É preciso disseminar conhecimento e estimular uma cultura empreendedora que valorize a inovação social e ambiental, para criar uma comunidade empreendedora, e tornar a sociedade, mais engajada e atenta ao papel que têm.
Embora a Estratégia Nacional de Economia de Impacto tenha potencial de mudanças no cenário empreendedor, é importante reconhecer que irá enfrentar desafios e resistências. A mudança de cultura demanda tempo, esforço e cooperação de diversos setores da sociedade. Mas se implementada de maneira eficaz e com comprometimento, pode ser um dos pontos de partida de transformação social, econômica e ambiental.
O que esperamos é que a estratégia não seja apenas um documento, mas um compromisso.
Monique eu acredito piamente que isso que você trás nesta análise deverá ser o norteador das empresas e instituições de agora em diante. Um norteador potente a ponto de fazer empresas que não tenham estratégias robustas em ESG ou mesmo seu modelo de negócio principal pautado em ESG quebrem ou sejam instantaneamente eliminadas do mercado de agora em diante. Os tempos estão mudando na velocidade da luz e a tendência da mudança está se tornando exponencial. O tempo de persistir no erro pra mim chegou ao fim.