Se alguém tivesse me dito anos atrás que, aos 28 anos, eu me tornaria a Shark mais jovem da América Latina, talvez eu tivesse rido. Não porque eu não tivesse ambição, mas porque o caminho até aqui parecia improvável demais. Mas e se eu tivesse desistido antes de chegar até aqui?
A expectativa de quem critica o meu trabalho é a de que eu pare o que estou fazendo para me adequar àquela expectativa. Mas não foi a expectativa do outro que me trouxe até aqui. Se dependesse das expectativas, eu teria parado antes mesmo de começar.
Quando meu primeiro negócio ainda era uma ideia, ouvi que não daria certo. Mas eu só continuei a fazer o trabalho que tinha planejado. Todas as vezes que falaram que sonhava alto demais, eu fingi que não escutei. Não queria aquelas vozes ecoando na minha cabeça. Sempre me intrigou ver pessoas que nunca tinham tentado nada parecido com o que eu estava fazendo dizer que minhas ideias não dariam certo. “Mas se você nunca tentou, como pode saber?”. Hoje sei que o nome disso é crítica construtiva de quem nunca construiu nada. Ou distração.
No final do dia, quem critica não vai querer fazer por você. Não vai poder fazer por você também. Mas tudo que te faz desviar da rota que traçou, do que só você sabe que é preciso ser feito, te distrai.
Agora, depois de ter chegado na cadeira do Shark Tank Brasil, muita gente atribui toda me jornada a sorte. O que separa a Monique de dez anos atrás da Monique de hoje não foi sorte, e sim a decisão consciente de continuar, mesmo quando ninguém acreditava.
As vozes que você escolhe ouvir muda tudo
Sempre existirão vozes tentando te convencer de que você está sonhando alto demais, de que não é a sua vez, de que você não pertence a certos espaços.
Mas sabe o que também sempre existirá? A sua própria voz.
A diferença entre quem avança e quem fica estagnado está justamente em qual dessas vozes você escolhe ouvir.
Se eu tivesse ouvido todas as previsões pessimistas sobre minha trajetória, não teria construído absolutamente nada. E se tem algo que aprendi nesse processo, foi isso:
Se você não acredita no seu próprio potencial, ninguém vai acreditar por você.
Se você não se der permissão para crescer, ninguém vai te dar.
Se você espera validação para seguir em frente, vai passar a vida esperando.
Você pode escolher quem quer ser daqui a 10 anos
Olhar para trás e ver o quanto cresci nesses últimos 10 anos me faz lembrar de uma coisa essencial: o que eu fiz no passado construiu quem sou hoje.
Isso significa que o que eu fizer agora vai definir a Monique dos próximos 10 anos.
E isso vale para você também.
A pessoa que você será daqui a 10 anos já está sendo construída hoje, agora, com cada escolha, cada atitude e, principalmente, com cada vez que você decide continuar apesar das dúvidas.
Se você precisa de um sinal para acreditar mais em si mesmo, é esse.
Então, escolha avançar. Escolha ignorar as vozes que tentam te limitar. Escolha construir um futuro que vai te deixar orgulhosa quando você olhar para trás.
Se eu tivesse medo de falhar, nunca teria aprendido o que realmente funciona. Se eu tivesse tentado agradar todo mundo, teria perdido minha essência no processo. Se o medo da exposição fosse maior que minha vontade de criar a realidade que eu quero viver, não teria criado estratégias, posicionamento e novos negócios alinhados à minha marca pessoal.
A verdade é que sucesso não é um passe de mágica. Ele é a soma de pequenos riscos tomados diariamente. É a coragem de continuar mesmo quando tudo parece incerto.
Se eu tivesse ignorado as oportunidades que pareciam pequenas, não teria construído algo grande. Se eu tivesse aceitado o que me deram, não teria conquistado o que eu realmente queria. Se eu tivesse acreditado que não era capaz, nunca teria chegado tão longe.